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Psicóloga ClÃnica
Maristela Vallim Botari
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Nosso mundo é tudo aquilo que nos cerca, composto por pessoas, objetos, paisagens, ambientes, sons, cores, odores, etc.
Mas, para além deste espaço fÃsico, há o espaço subjetivo, o mundo das emoções onde nossos pensamentos ganham formas e nossos sentimentos ganham vida..
Fazendo uma analogia, nosso mundo subjetivo pode ser facilmente comparado com o planeta minúsculo onde vivia o pequeno PrÃncipe (personagem de Saint-Exupery). Naquela minúscula orbe, o pequeno tinha tudo aquilo que precisava para ser feliz. Sua "qualidade de vida" estava relacionada à simplicidade.
No entanto, este planetinha se encontrava ameaçado de destruição em virtude de um imenso baobá que nascera em suas terras, pois não tinha estrutura para suportar o peso da imensa árvore. Esta trágica ocorrência fez com que o pequeno morador saÃsse de sua zona de conforto em busca de soluções.
Fazendo um paralelo: às vezes, algumas dificuldades cotidianas surgem em nossa vida, como se fossem os baobás, revirando uma vida inteira, ameaçando a zona de conforto.
Infelizmente, não há garantia contra os "baobás" cotidianos. Heiddegger diria que vivemos em um ambiente inóspito e inseguro, uma vez que não existem garantias possÃveis contra o sofrimento. E mais: não podemos evitar todos os sofrimentos, por mais que tentemos. Algo sempre sairá do controle....
Na história, o Pequeno PrÃncipe deixa seu pequeno planeta em busca de alternativas para eliminar o baobá e garantir a segurança do seu mundo. nesta busca, ele conhece outros planetas, outras pessoas, outras criaturas, outras formas de vida, como a rosa... Em resumo, ele progrediu de alguma forma, não é mesmo? A busca por soluções já pode ser considerada um progresso, uma vez que demonstra independência e atitude de enfrentamento.
Da mesma forma, em nossa vida cotidiana, muitos problemas nos impulsionam na busca por condições de enfrentamento, tornando-nos pessoas mais fortalecidas perante as adversidades.
Cada um de nós percebe o tempo de forma diferente. Aquilo que pra um é lento demais, pra outro pode ser considerado rápido. Será que Isto pode levar alguns casais aos desajustes afetivos?
TDAH. Hiperatividade. Dislexia. Disgrafia. Discalculia. Transtornos diversos. Será que seu filho realmente merece estas classificações?